Publicado: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=15605
domingo, 06 de fevereiro de 2011 | 05:07
Vamos reproduzir abaixo um histórico diálogo que circula na web, mostrando como a classe média era explorada pela realeza da França no século XVII, em pleno reinado de Luís XIV de Bourbon, que nasceu em 1638, na cidade de Saint Germain-en-Laye, e morreu em Versalhes, em 1715.
Conhecido como “Rei-Sol”, foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 a 1715. A ele é atribuída a famosa frase: “L’État c’est moi” (O Estado sou eu), apesar de grande parte dos historiadores achar que isso é apenas um mito. Construiu o Palácio dos Inválidos e o luxuoso Palácio de Versalhes, perto de Paris, onde morreu em 1715, cercado das mais fantásticas mordomias.
Durante o reinado de Luis XIV, houve um diálogo que entrou na História, travado por Jean Baptiste Colbert (ministro de estado) e Jules Mazarin (cardeal e primeiro-ministro da França). Vejam este diálogo histórico e reflitam sobre sua atualidade.
O interessante é que a dinâmica da história consegue ser, nas decisões de gabinete, simples e ao mesmo tempo irônica e mordaz, sem perder a dramaticidade e a sincronia com o tempo futuro. Ou seja, tudo se revoluciona e muda para permanecer exatamente com as mesmas cores de fundo, com o mesmo drama.
Conhecido como “Rei-Sol”, foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 a 1715. A ele é atribuída a famosa frase: “L’État c’est moi” (O Estado sou eu), apesar de grande parte dos historiadores achar que isso é apenas um mito. Construiu o Palácio dos Inválidos e o luxuoso Palácio de Versalhes, perto de Paris, onde morreu em 1715, cercado das mais fantásticas mordomias.
Durante o reinado de Luis XIV, houve um diálogo que entrou na História, travado por Jean Baptiste Colbert (ministro de estado) e Jules Mazarin (cardeal e primeiro-ministro da França). Vejam este diálogo histórico e reflitam sobre sua atualidade.
O interessante é que a dinâmica da história consegue ser, nas decisões de gabinete, simples e ao mesmo tempo irônica e mordaz, sem perder a dramaticidade e a sincronia com o tempo futuro. Ou seja, tudo se revoluciona e muda para permanecer exatamente com as mesmas cores de fundo, com o mesmo drama.
Jean Baptiste Colbert – ministro de estado de Luis XIV
(Reims, 29 de Agosto de 1619 – Paris, 06 de Setembro de 1683).
Jules Mazarin – nascido na Itália foi cardeal e primeiro ministro da França
(Pescina, 14 de julho de 1602 — 9 de março de 1661)
Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não
é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é
possível continuar a gastar, quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se
parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado
para a prisão. Então, ele continua a endividar-se...todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah, sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como
Colbert: Ah, sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como
é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então...os ricos?
Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então...os ricos?
Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver
centenas de pobres.
Colbert: Então, como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente!
Colbert: Então, como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente!
Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos.
É um reservatório inesgotável!
Extraído de “Diálogos de Estado”
O pior do imposto não é o seu valor elevado, é o seu uso indevido, a imoralidade do pagamento de proprina. É a falta de retorno em serviço para o POVO.