segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Expurgo da Caserna....Por Lenilton Morato.




 
Durante o período no qual o Brasil foi governado por Presidentes militares muitos erros e acertos foram cometidos. Três erros, entretanto, foram decisivos para a derrota estratégica que sofreram não só os cidadãos fardados, mas toda a força conservadora no país.
O primeiro deles foi a negativa do Marechal Castelo Branco em utilizar-se de uma estrutura similar ao DIP, da era Vargas, de maneira que pudesse combater a propaganda subversiva. O presidente não queria ter sua imagem atrelada à censura de Getúlio. O resultado foi a progressiva infiltração de idéias revolucionárias dentro da produção jornalística, cultural e artística.
O segundo erro foi o afastamento de Carlos Lacerda da cena política do país. Conservador de atuação política destacada, seu afastamento praticamente preparou o terreno para a tomada do poder pela esquerda, que os próprios militares haviam combatido (com massivo apoio popular), anos depois. O governo preocupou-se no combate à guerrilha e à subversão, mas esqueceu-se do front cultural e político. O resultado foi uma fragorosa derrota estratégica. Militarmente, comunistas, socialistas e a esquerda em geral foram derrotados. Politicamente, venceram. Assim, tal como os EUA no Vietnã, todas as batalhas foram vencidas, mas a guerra foi perdida.
O terceiro erro foi a estratégia do silêncio. Ao optarem pelo ostracismo, os militares facilitaram sobremaneira o trabalho de reescritura da história por parte dos então derrotados. Isto possibilitou às forças de esquerda a conquista do apoio popular e a substituição progressiva de valores tradicionais (chamados burgueses) por seu novo código de ética e moral (chamado de valores do povo), mesmo que esta nova escala de valores fosse inteiramente contrária ao que a população efetivamente pensava.
A soma destes três erros decretou a derrota do movimento de 31 de Março de 1964. Na verdade, a data marca apenas a troca de estratégia por parte da esquerda de tomar o poder. Da utilização da força para a conquista cultural e moral do país. Esta nova postura não foi percebida por nossos chefes militares a tempo, inclusive modificando algumas políticas externas do país, como a sua aproximação com a antiga URSS e o apoio ao movimento socialista em Angola. Os vermelhos chegaram de roldão ao poder, aparelharam o Estado e compraram mentes e corações com tolas idéias de igualdade ou com o vil metal.
A Comissão da Verdade, cujo representante dos militares será José Genoíno, é de fundamental importância para a comprovação de inúmeras declarações feitas por diversos integrantes do governo-Estado petista de que o Exército de hoje é diferente do Exército de ontem. O silêncio catacúmbico que reverbera nos quartéis a este respeito não deixa maiores dúvidas.
Os agentes do Estado que atuaram contra sequestradores, terroristas, estupradores, assassinos e assaltantes serão caçados, punidos, e presos. E os militares de hoje permanecerão em silêncio... Premonição?  Mãe Dinah? Búzios? Não. Basta olharmos ao nosso redor para vermos o que aconteceu aos nossos hermanos uruguaios e argentinos. Oficiais e praças presos, acusados de atentado aos direitos humanos por terem lutado contra os criminosos que queriam mergulhar seus países na ditadura proletária.   A carta dos militares argentinos presos (presos políticos) nos dá uma amostra do que está por vir. Nela, verificamos que a estratégia esquerdista é a mesma: de que o Exército Argentino de hoje é diferente do de ontem, afirmativa que os autores repudiam sob o argumento de que lá (tal como cá) o Exército é um só. Mas lá o "Exército de hoje" também se calou.
Sob a manta evasiva da disciplina, nada pode ser dito nem falado (sob pena de se quebrar um dos pilares do Exército). Sob este "respaldo" é que se guiam para calarem-se diante de uma situação que pode colocar na cadeia pessoas como o coronel Brilhante Ustra e ao mesmo tempo dar vencimento de general à família de Carlos Lamarca, sujeito que julgou e matou um tenente da Força Pública de São Paulo a coronhadas dentre outros crimes.

A Comissão da Verdade não é nada mais que um tribunal revolucionário aos moldes da VAR Palmares, MR-8, Vanguarda Popular Revolucionária e outros movimentos e organizações terroristas que julgavam e sentenciavam qualquer cidadão à revelia de qualquer instituto legal ou moral. Seu surgimento possui um único propósito: queimar os arquivos ainda vivos daqueles anos e garantir aos vitoriosos terroristas de ontem cada vez mais indenizações, à custa do bolso e do dinheiro do desmemoriado e explorado povo brasileiro.

Enquanto este verdadeiro ataque ao cerne do Exército é realizado, a preocupação maior dos militares é com os seus vencimentos, com os aumentos que não chegam jamais. É claro que esta é uma preocupação de extrema importância, mas muito mais urgente é o desmonte histórico que está se desenhando em nosso Exército e, por extensão às Forças Armadas. Por dinheiro, vende-se a própria alma, entrega-se ao carrasco amigos e companheiros de outrora.
O Exército de hoje é o mesmo de ontem e será o mesmo Exército de amanhã. Infelizmente, não é o que a conjuntura atual nos mostra. Desenha-se um verdadeiro expurgo da caserna.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

PARTIDO ORDEM E PROGRESSO - POP

“DESTAQUE DA SEMANA”...Ir.’. Valdemar Sansão

Página selecionada de pesquisas, avaliações e troca de informações sobre várias áreas de conhecimento, organizada de forma ordenada e criteriosa para divulgação semanal.
Cada mentalidade irradia constantemente vibrações invisíveis, porém poderosas. Deus cria harmonia e perfeição. A causa do sofrimento e da discórdia não se acha na Natureza divina.
 No pequeno ponto do universo, que é o nosso planeta, cada qual cria as qualidades de pensamentos que formam a sua mente, seu próprio futuro e o futuro dos outros, brilhante ou negro, feliz ou miserável, conforme as qualidades boas ou más de seus pensamentos e palavras. Todavia, necessitamos da boa vontade dos Irmãos para sermos bem compreendidos.

Destaque da Semana

Partido Ordem e Progresso – POP - Nosso Ir.’. Sérgio Luiz Braga Capovilla (http://politicapátriaamada.blogspot.com), está apresentando proposta para a formação de um partido político (PARTIDO ORDEM E PROGRESSO – POP), que será fundado no próximo mês, dia 31 / 03 / 2012, em uma reunião Nacional em São Paulo.
No Estado de Espírito Santo, Irmãos Rotarianos, Adesguianos e Oficiais da Reserva da Marinha e do Exército estão aderindo e fazendo parte desse núcleo provisório.
Nós estamos profundamente convencidos que só se corrige o que se critica; de que criticar é um dever; de que o progresso é obra dos dissidentes. A iniciativa vem ao encontro das diretrizes políticas de moralização e combate à corrupção e impunidade no Brasil.
Hoje, nos sentimos perplexos e desorientados, perguntando-se o que podemos fazer para que algo mude, pois nada anda se não houver acordo entre as diversas forças – partidos, alas e grupos – que compõem a aliança majoritária no governo e no Congresso Nacional.
A metade da população não conta com rede coletora de esgotos, o sistema de saúde está em frangalhos em quase toda parte, a educação e a segurança coletiva causam arrepios.
No legislativo, projetos vitais esquecidos há anos, até décadas. Estados e municípios sendo levados à falência e à inércia. Na falta do acordo, as receitas estaduais ou municipais se tornam insuficientes para cobrir as despesas necessárias nos setores vitais – embora a carga geral de impostos do País, em tese, seja muito alta, a arrecadação federal bate recorde.
Porém, acordos abertos ou velados permitem mudar projetos como o da Lei da Ficha Limpa, para, trocando uma palavra, dificultar a identificação de quem é ou não inelegível.
No Judiciário, a lentidão marca característica desse Poder fundamental da República.  Processos vitais para a sociedade não avançam e as instituições estão há anos à espera de decisões – como o caso do “mensalão”.  O magistrado é o agente em que o cidadão deve confiar, é o último reduto do cidadão; não pode fingir que simplesmente não vê.
O enriquecimento ilícito atinge o cidadão de forma difusa, todos somos vítimas de servidores, juízes, senadores, deputados, prefeitos e vereadores corruptos. Em quase toda parte muita gente está mais empenhada em obter vantagens pecuniárias pessoais do que recursos para que o Poder funcione melhor.
Mas que fará o cidadão? Que pode fazer a sociedade? O cidadão sem propostas políticas claras e exequíveis que não o atrai, se desilude ao cabo de pouco tempo. É preciso encontrar soluções adequadas para esses desafios. Não será pelos caminhos da política fundada na troca de favores entre grupos e pessoas que encontraremos nossas possibilidades reais, como País ou como cidadãos. Precisamos todos dar à política muito mais seriedade do que temos feito. Armados com argumentos: raciocinar, convencer, criticar, não as idéias, não os indivíduos, mas tanto quanto for possível, manter sempre a nobreza de atitude.
Só assim conseguiremos a paz e a felicidade que nos estão destinadas, e que iremos alcançando à medida que nos elevarmos acima das coisas mesquinhas da existência atual. Eis porque, ao caríssimo Ir.’. Sérgio L. B. Capovilla, estendo minha mão fraterna, para unidos combatermos a corrupção, a desordem, a injustiça, o retrocesso e os maus costumes, rogando ao Grande Arquiteto  que o abençoe e  guarde nessa corajosa empreitada.

Quando não se pode fazer o que se deve, deve-se fazer o que se pode.

 Meus fraternos agradecimentos ao nosso Ir.’. Valdemar Sansão pelo apoio que está nos dando. 
Solicito a todos os amigos o devido apoio para a criação do Partido Ordem e Progresso - POP. Um partido de Centro direita, nacionalista, democrata, que tem como princípios os valores Morais e Éticos da nossa Pátria, valorizando à Família, a Igualdade, a Liberdade, a Soberania e união da nossa Nação. Indpendência dos três poderes, etc.
O partido está surgindo de membros das entidades civis organizada.
Obrigado a todos que puderem nos ajudar neste combate à corrupção e a imoralidade que estamos vendo hoje em dia no nosso País. 
Vamos para de reclamar e pela união e pelo voto modificar este País.
 
Sérgio Luiz Braga Capovilla.'.
E-mail contato: slbcapovilla@yahoo.com.br
     “Não pergunte ao seu País o que ele pode fazer por você, e sim o que    você pode fazer por ele".Roosevelt Presidente dos EUA.
“NÃO RECLAME MAIS DA DESORDEM E DO RETROCESSO, PARTICIPE DO PARTIDO ORDEM E PROGRESSO - POP"



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CONSOLIDAÇÃO DA CONQUISTA DO PODER


Aos prezados amigos e companheiros de viagem uma breve visão de acontecimentos atuais. Sou medianamente inteligente para que me mostrem estar errado e mudar de opinião. Abrs do gen Marco Felicio.


                          CONSOLIDAÇÃO DA CONQUISTA DO PODER

Quem tem a obrigação de conhecer os fatos ocorridos neste País desde os anos 60, inteirou-se do surgimento do PT e de sua trajetória após a contra-revolução de 64, vivenciou os anos de governo do apedeuta Lula e de seus asseclas, aparelhando e domesticando os três poderes da República, incluso o Ministério da Defesa e a oposição política, criando imenso curral eleitoral por meio de políticas assistencialistas, praticando toda sorte de corrupção, favorecendo o próprio Lula, familiares, amigos, o PT e a conquista de aliados.
Mentindo ou omitindo descaradamente, inteligentemente, buscaram o apoio das massas mais carentes e até mesmo da maioria da população instruída, criando uma nova estória para tal período, vendendo a imagem antítese do que sempre foram : revolucionários comunistas, totalitários, assassinos, seqüestradores, torturadores, assaltantes, justificando as suas maléficas ações pelo objetivo de impor ao povo brasileiro a ditadura do proletariado ( os fins justificam os meios).
 No curso de suas ações, conquistaram o poder pela via legal, o voto, e, agora, trabalham para a consolidação da conquista do mesmo. O objetivo maior é o enfraquecimento e transformação das Forças Armadas, derradeiro obstáculo a ser vencido. Assim, estão as Forças Armadas reduzidas a quase milícias. Vivem brutal escassez de recursos materiais e financeiros, utilizadas em missões internas diversas que não condizem com a finalidade precípua respectiva, tendo a agravar a inconstitucionalidade do emprego, deixando-as a reboque de ações e circunstâncias sobre as quais não têm o comando e o controle total respectivos. Seus quadros recebem salários aviltantes em relação à média salarial dos poderes constituídos e, até mesmo, já inferiores aos de policiais militares, contrariando a Constituição Federal. Seus comandantes têm sido vergonhosamente engabelados por meio de promessas que se sucedem e que jamais são cumpridas. Em nome da disciplina e da hierarquia, aceitam ordens e situações que  fragilizam a imagem das Forças. Por eles, fala até mesmo acusado de corrupção  como o tal José Genoíno, assessor do MDef. Assim, omitem-se, incapacitando suas respectivas lideranças. Deixam que se aproveitem da Democracia para matá-la.
Como acreditar em palavras da Presidente eleita, em seu discurso primeiro, quando da posse, se foi escolhida a dedo para dar continuidade a nefasto projeto em andamento ? Como acreditar em suas palavras se os auxiliares diretos, por ela escolhidos, não escondem, claramente, os caminhos e os objetivos a atingir, já delineados, sabidamente, no governo anterior ? Exemplo maior se mostra a sórdida “Comissão da Verdade”, criada com o beneplácito dos comandantes das Forças Armadas, presentes quando do seu “lançamento”, escutando, calados, barbaridades inaceitáveis. Serão eles “ingênuos” ? Não o creio ! Onde se encontram os órgãos e assessores de Inteligência ? Omissos, intimidados ? Não o creio !
Confirmando o acima, afirma o Manifesto dos Clubes Militares, com inequívoca tardia preocupação :  “Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence ( esteve ela presente), celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar.” O próprio manifesto conclui :  “Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que, quando de sua criação, o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.”
Já não é hora de tal preocupação, pois o desenlace está mais do que a vista. Somente não enxerga a realidade quem não tem interesse em vê-la.
A hora é de ação !

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Militares criticam opiniões de ministras

Militares criticam opiniões de ministras

Em sinalização de como os militares da reserva estão digerindo a instalação da Comissão da Verdade, presidentes dos três clubes militares publicaram um manifesto censurando a presidente Dilma Rousseff e atacaram as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, por supostas críticas dirigidas à caserna.

Reportagem especial: Conversas com Mr. Dops

A carta, embora assinada por oficiais da reserva, traduz a insatisfação de militares da ativa, que são proibidos de se manifestarem. Eles se queixam de Maria do Rosário por supostamente estar questionando a Lei da Anistia e da titular da pasta das mulheres por "críticas exacerbadas aos governos militares". Os militares reclamam que Dilma, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria ter repreendido suas auxiliares, e não ter aplaudido o discurso de posse da nova ministra das mulheres, endossando suas palavras supostamente contra a categoria. "Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo", diz a nota.
Ao se queixarem da postura da ministra Maria do Rosário, os militares citam que ela deu declarações na qual "mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na Justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos".
Na nota, os presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica reclamam de Maria do Rosário alegando que "mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF", que rejeitou a revisão da Lei. "A Presidente não veio a público para contradizer a subordinada", criticaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MANIFESTAÇÃO DE APOIO ÀS INVESTIGAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL



MANIFESTAÇÃO DE APOIO
ÀS INVESTIGAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
SOBRE OS GRAVES INDÍCIOS DE ILEGALIDADES
DO ENDIVIDAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO
IDENTIFICADOS PELA CPI DA DÍVIDA PÚBLICA


Tomamos conhecimento dos graves indícios de ilegalidades apontados pela CPI da Dívida Pública recentemente realizada na Câmara dos Deputados Federais, que abrangeu o processo de endividamento brasileiro desde os anos 70 e contou com a participação da sociedade civil nas investigações, por meio da Auditoria Cidadã da Dívida.

Pelo presente, manifestamos o nosso apoio ao aprofundamento das investigações em andamento por parte do Ministério Público Federal e reivindicamos a apuração dos referidos indícios, principalmente pelas seguintes razões:

1. O pagamento de juros e amortizações da dívida pública tem absorvido a maior parte dos recursos financeiros da União: em 2010 foram destinados 44,93% dos recursos do Orçamento da União e em 2011 o percentual já ultrapassa a casa dos 53%!

2. A Constituição Federal prevê a realização da auditoria da dívida, conforme artigo 26 do Ato das Disposições Transitórias - ADCT – até hoje não cumprido.

3. A crise financeira mundial tem como pano de fundo o processo de endividamento público e as autoridades nacionais já reconhecem o risco de transferência dessa crise para o Brasil.

4. A dívida pública brasileira é a principal responsável pelas graves injustiças sociais incompatíveis com a condição econômica do Brasil, sétimo país mais rico do mundo: diariamente milhares de pessoas deixam de ser atendidas pelo sistema público de saúde e muitas chegam a falecer; insuficiência de vagas escolares e baixa qualidade do ensino compromete as gerações futuras; cortes de direitos dos servidores públicos; elevados índices de pobreza, miséria e fome...

5. O endividamento público brasileiro tem emperrado o desenvolvimento do Brasil devido às elevadíssimas taxas de juros e à crescente exigência de recursos para o cumprimento de seu serviço, impedindo investimentos reais em outras áreas e forçando continuamente a elevação da carga tributária.

6. A CPI da Dívida levantou a problemática da negociação das dívidas dos estados e municípios com a União, feita sob imposição do FMI e contrária aos interesses dos entes federados. Diversas autoridades estaduais questionam a necessidade de rever essa renegociação, cabendo ressaltar a criação da Frente Parlamentar pela Renegociação da Dívida de MG com a União, que conta com a adesão da maioria dos deputados da ALMG bem como da sociedade civil, inclusive do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida.

Diante do exposto, contamos com o trabalho institucional do Ministério Público Federal nas investigações dos graves indícios de ilegalidades do endividamento público brasileiro, o que acreditamos gerará importantes e necessárias ações judiciais em defesa dos interesses do patrimônio público nacional e principalmente em defesa dos direitos sociais do povo brasileiro.

A Sociedade Civil Brasileira estará acompanhando e apoiando as investigações.

INSERIR NOME e ENVIAR para os endereços 5camara@pgr.mpf.gov.br , chefiagab@pgr.mpf.gov.br

Eu apoio o Ministério Público

Sérgio Luiz Braga Capovilla
Corretor de Imóveis - CRECI-ES-5225-F
Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, Loja 18,
Ed. Corporate Center, Santa Lúcia, Vitória, ES.
CEP 29.056-905  -  Tel. (27) 9941.4170
Não pergunte ao seu País o que ele pode fazer por você, e sim o que você pode fazer por ele".Roosevelt Presidente dos EUA.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

GERAÇÃO 60 - UMA GERAÇÃO MENTIROSA E TRAIDORA


GERAÇÃO 60 - UMA GERAÇÃO MENTIROSA E TRAIDORA

JB Xavier
Começo exaltando as exceções do título deste artigo. São Poucas, mas existem. A elas o meu respeito.
O fato é que estou cansado. Cansado e desanimado. Muito desanimado. Já não sei mais o que dizer aos meus filhos. Eles estão na casa dos 30 anos. Eu? tenho quase sessenta. Eles sempre me admiraram, e à minha geração, pelo que ela significou para as mudanças ocorridas no Brasil. E o que ela significou realmente?
Eis uma pergunta que me faço há pelo menos uns 20 anos, tão logo comecei a me sentir traído por ela! Por me sentir assim, já escrevi o artigo
Eu gostaria de ter escrito este artigo ainda na década de sessenta, quando eu era voz vencida entre os estudantes de meu colégio, onde eu ocupava o perigoso cargo de Presidente do Gremio Estudantil Henrique Fontes, no Colégio Normal Gov. Celso Ramos, em Joinville, Santa Catarina. Idem, mais tarde, na faculdade. Eu queria ter escrito este artigo há época, e o teria feito, mas por outras razões, muito diversas daquelas que me levaram a escrevê-lo agora.
Se eu tivesse escrito este artigo na década de 60, eu teria sido linchado não pelo exército, mas pelos meus pares, que me considerariam traidor da causa! Sim, porque se o exército não fez carinho nos revolucionários, estes por sua vez não eram nenhum anjinhos, e os exemplos estão aí, com Celso Daniel etc...
Quanto às torturas, prisões etc...apesar de terem sido cruéis e desnecessárias, eram previsíveis. Nenhuma guerra se faz atirando rosas no inimigo. Tanto da parte dos revolucionários quanto da parte do exército. Vide as ações armadas de nossa atual Presidente.
Na verdade, quem queria trabalhar - e progredir - em paz, como eu, não foi molestado em nenhum momento pela ditadura militar. Trabalhei, estudei, casei, progredi e tive meus filhos sem nunca ter tido o menor problemas com os milicos.
Problemas sim, com a ditadura, tiveram os que não conseguiam seguir as regras do jogo da competição sadia, ou por incompetência, ou por desejo de enriquecimento rápido. E qual é o caminho mais rápido para isso? Desfazer o jogo e criar outro, com suas próprias regras - geralmente exclusivas e desonestas. É o que temos hoje! E foi aí, que, há época, o exército disse Não!
Mas o fato é que, apesar de tudo, não posso morrer sem escrever este artigo, para que permaneça fiel às minhas idéias e me posicione de vez no lugar onde sempre desejei estar: Ao lado da modernidade, do progresso pessoal e intelectual, da meritocracia e dos princípios básicos da verdade.
Porque não escrevi antes? Porque a estupidez e a imbecilidade coletiva das décadas de 60, 70 e 80, motivada por uma lavagem cerebral coletiva dos jovens de minha geração, orquestrada pelos países totalitários e lideradas por artistas "esclarecidos" e pseudo-intelectuais brasileiros, levou minha geração a uma histeria sem precedentes que a tornou cega e surda, mas não muda!
Meus filhos, quando adolescentes, admiravam as mudanças conseguidas pela sociedade brasileira, em sua resistência ao regime militar. Como eles não tinham vivenciado o "antes" e o "durante", deixei-os se deliciarem com o "depois", não sem certo orgulho por ter pertencido a uma época única da história brasileira.
E por que eu não me deixei contagiar por essa lavagem cerebral? Simples! Eu me lembro que eu era o único que queria aprender francês, nas aulas deste idioma - sim, porque aprendíamos francês nos dois primeiros anos do curso chamado ginasial, há época. Nos dois últimos e nos três anos do colegial, aprendíamos inglês, que tampouco ninguém, exceto eu e uns poucos, tinha interesse.
Por que estou dizendo isto? Acreditem não é para jogar confete sobre eu mesmo, nem para parecer ter uma inteligência privilegiada, que sei que não tenho. É apenas para lhes dizer que eu queria ler em outros idiomas o que estava acontecendo fora do Brasil. E quando eu pude ler com desenvoltura o "Le Monde" e "TIME", comecei a enxergar o outro lado do discurso popular da "resistência" brasileira. Pude ver que tudo não passava de uma fraude monumental, orquestrada por países da Cortina de Ferro interessados em abocanhar poder na então ultra sub-desenvolvida América Latina, como já haviam feito na Europa do Leste e Cuba. Pude ver então que o tão valente caudilho que desceu a Sierra Maestra para salvar Cuba do corrupto Fulgencio Batista, acabou por se render ao dinheiro fácil, e por quatro bilhões de dólares anuais, alugou o território cubano para que a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas instalasse seus míssseis quase no quintal dos americanos.
No Brasil sempre se achou que Fidel Castro foi um herói. Bulhufas! Até seu discurso de guerrilheiro era uma farsa! Ele disse "Desenvolvemos uma guerra de movimento, de atacar e retirar-se. Surpreendê-los. Atacar e atacar. Desenvolvemos a arte de confundir as forças adversárias, para obrigá-las a fazer o que queríamos. E muita arma psicológica", disse Fidel sobre a guerrilha.
Isto saiu, há época nos jornais europeus e americanos, mas quem, no Brasil, há época, além dos intelectuais interessados em tomar o poder, como fez Fidel, e alguns artistas cretinos desejosos de mamar em suas tetas, sabia inglês? Ninguém! Então rezava-se pela cartilha desses hipócritas que hoje estão no poder.
Ora, a técnica de guerrilha descrita por Fidel, foi uma das duas únicas e estúpidas invenções de Mao Tsé Tung, que revolucionou o que se sabia até então sobre guerra, descrita por sua máxima: "O inimigo avança, recuamos. O inimigo cansa, provocamos. O inimigo acampa, fustigamos. O inimigo se retira, perseguimos." A outra invenção foi lançar a moda de queimar montanhas de livros em praças públicas!
Invenções, vírgula, porque Mao, também um mentiroso retrógrado empedernido, que conseguiu fazer a China retornar à escuridão da ignorância medieval, apropriou-se deste conceito de guerrilha que foi, na verdade escrito no século IV a.C. pelo estrategista militar Sun Tzu, em seu livro famoso A Arte da Guerra, que tanto sucesso faz entre nós hoje em dia. Aliás outros déspotas famosos fizeram o mesmo, como Gengis Khan e Napoleão, só para ficarmos com dois dos mais conhecidos.
Quem lia inglês, há época ficou sabendo que foi o jornalista Herbert Matthews, do "New York Times", que apresentou fidel aos Estados Unidos e ao mundo, após entrevistá-lo em Cuba.
E um detalhe, o ataque de Fidel aos quartéis de Moncada, na cidade de Santiago de Cuba, fracassou. Fidel foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão. Quem se informava há época ficou sabendo que em 1955, fidel foi anistiado por Batista e, clandestinamente, montou o Movimento 26 de Julho. Em 7 de julho, ele partiu em exílio para o México, onde conheceu o argentino Che Guevara e organizou o embrião da guerrilha.
Um anistiado que se voltou contra o anistiador - uma fórmuila seguida à risca pelos "revolucionários" brasileiros da geração 60, ainda que os anistiadores brasileiros nem de longe se comparem, em crueldade, a Fidel.
Por que estou narrando esses fatos? Porque este homem foi - e ainda é - considerado pelos governantes brasileiros, uma espécie de "mentor revolucionário", quando o que realmente fez foi - quem já foi a Cuba sabe - transformar seu país num enclave miserável, onde impera a prostituição e a corrupção, com padrões de pobreza próximos aos do Chade. Isto num dos locais mais bonitos do globo!
Basta ver com que países o Brasil está alinhado hoje: Irã, Venezuela e Cuba, só para citar alguns. É para rir ou para chorar?
Concordo, Fulgencio Batista não era flor que se cheirasse. Ele instaurou um regime autoritário, prendeu seus opositores e restringiu as liberdades através do controle da imprensa, da universidade e do congresso, usando métodos terroristas e fazendo fortuna para si e para seus aliados.
Pergunto: Por que Fidel Castro não arrumou a bagunça deixada por Fulgêncio Batista e devolveu o poder aos civis, como fez o Exército Brasileiro? Por que ele se transformou num ditador sanguinário, talvez pior que Batista?
Em seu bunker com certeza não falta papel higiênico e sabonetes, que é uma das moedas de troca de todo turista que visita a parte pobre de Cuba. Sim, porque existe uma Cuba para ricos - uma península literalmente "para inglês ver" com hotéis maravilhosos e infra-estrutura de primeiro mundo!
Quem defende Fidel que explique por que tanta gente arrisca a vida em embarcações precárias, num mar infestado de tubarões para fugir do país? Estarão loucos? Arriscar a vida para fugir do paraíso?
Já pensaram se o último dos "ditadores" brasileiros, o General Figueiredo, resolvesse permanecer no poder, como fez recentemente Ghadafi?
Pergunto mais: Quais países onde o poder foi tomado por golpes militares, tiveram o poder devolvido democraticamente aos civis? Cuba? Egito? Líbia? Síria? Coréia? Chile? Bolívia? Rússia? Irã? China? Venezuela? Iraque?
E ainda mais ridículo: qual desses países indenizou os vencidos, como faz o Brasil até hoje, quase trinta anos após o fim da ditadura, mantendo insepulto esse cadáver da "ditadura militar" apenas para continuar sugando as milionáriass indenizações que até gente acima de qualquer suspeita, como Ziraldo - o do Pasquim - recebeu?
O único dos políticos que não aceitou a indenização foi Mario Covas. Ele disse certa vez: "Eu lutei uma revolução. e venci. Como posso indenizar eu mesmo por uma vitória?"
Infelizmente, tão logo morreu, sua esposa e filhos receberam a indenização, descontados os devidos numerários advocatícios, claro, curiosamente defendida por um advogado manjado, que um dia conseguiu retirar Lula de sua detenção no DOPS.
Para se ter uma idéia, desde a décda de 80, trinta e três regimes militares perderam o poder para regimes civis, mas mergulhados em sangue e com muitos deles caminhando para novas ditaduras.
E não me venham com essa história de que foi a militância que derrubou a ditadura militar brasileira! A tão propalada militância, um movimento incipente, acanhado e mal organizado, restrito praticamente apenas a algumas das grandes cidades brasileiras. Os militares sempre disseram que devolveriam o poder aos civis quando tivessem erradicado os comunistas de nossas fronteiras. E foi o que fizeram.
Sorte a nossa que nenhum dos cinco generais que administraram o Brasil gostava mais do poder que da caserna!
Quem viveu aquela realidade sabe que o General João Batista Figueiredo assumiu já com essa missão declarada: Preparar a transição para o governo civil. Levou cinco longos anos para isso, e ao final do seu mandato, estava visivelmente impaciente para passar ao anonimato, como ele próprio declarou. Para isto, anistiou a maioria dos revolucionários no exílio, e aí, sim, errou, porque troxe de volta ao cesto, as maçãs podres, que hoje estão se lambuzando no dinheiro público - também uma forma de ditadura, exercida pelo poder do voto de cabresto, num país de semi-analfabetos, ou como diz o IBGE, de "analfabetos funcionais".
Claro, considero que o leitor tem discernimento para considerar que quando falo em "maçãs podres" naturalmente havia exceções, como Mário Covas, por exemplo, e alguns outros.
A redemocratização do Brasil, começou já com uma farsa. Quem não se recorda do quase cadáver Tancredo Neves sendo mantido sentado sabe-se lá como para exibição à imprensa? Esperidião era para ser seu vice, mas tinha pretenções próprias ao Planalto, e perdeu o bonde da história para o Marimbondo de Fogo*, José Sarney.
E o que fizeram os "grandes revolucionários" anistiados, as grandes cabeças cheias de boas intenções com o Brasil, que batiam no peito, dizendo que foram torturados e trocaram tiros pelas ruas?
Brizola arrebentou o Rio de Janeiro, Sarney faz o Maranhão não só não progredir, como consegue a proeza de fazê-lo andar para trás. Quércia e Cia. quebraram o Banespa, o 2º maior banco brasileiro, a VASP, uma tradidional companhia aérea, e só não quebraram o Estado de São Paulo, porque este Estado resistiu, pelo poder econômico que tem. Mas conseguiram deixá-lo de joelhos. Covas precisou de quase um ano apenas para colocar os salários do funcionalismo público em dia! O Nordeste continua loteado, tanto quanto estava antes da Grande Marcha da Coluna Prestes. O revolucionário PT mostrou que aprendeu tudo o que seu "herói" cubano tinha a lhes ensinar: A cobiça pelo poder, pelo dinheiro e mesmo pela violência - não necesariamente nesta ordem.
Só rindo. A maioria deles - inclusive Lula, o Grande Líder - nunca sequer tocou numa arma de fogo. A arma que eles sabem usar bem é a caneta e a demagogia rasteira.
Em 2009, o então senador Cristovam Buarque disse a outro senador o que havia declarado domingo, 5 de abril, numa entrevista radiofônica: "A reação é tão grande hoje contra o Parlamento, que talvez fosse a hora de fazer um plebiscito para saber se o povo quer ou não que o parlamento continue aberto". Foi um escândalo há época, com os hipócritas de plantão ficando todos indignados.
O General Artur da Costa e Silval fechou o Parlamento com o Ato Institucional nº 5. O AI-5, sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais. O AI-5 foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
Pergunto, qual a diferença, em termos de poder que há entre o AI-5 e as Medidas Provisórias em vigor? Poderá dizer o leitor: "As MPs precisam ser votadas pelo congresso." Pois então saiba que a MP que instituiu a moeda Real ainda não foi votada!
Pergunto novamente: O plebsicito sugerido por Cristovam Buarque - um dos petistas que não teve estômago para continuar na "militância" do partido - teria hoje resultado diferente? Não é preciso ser mago para saber que oito entre dez brasileiros volatilizaria o Congresso Nacional, se pudesse. Mas é uma pena que tão poucos brasileiros desconheçam que o outro poder - o Judiciário - é tão ou mais corrupto que o Legislativo!
Como se pode mudar um país onde a Casa que faz as leis é um antro de corrupção e a Casa que as executa, é ainda pior? E o terceiro poder? A Presidência da República? Ok. Pouparei o leitor de falar disso.
E que se enterre de vez essa vergonhosa "verba indenizatória". Quem precisa ser indenizado é a imensa maioria do povo brasileiro: as crianças, os enfermos, os idosos e as mães pobres e miseráveis.
Citem-me os críticos deste artigo, um só ditador do séc. XX ou XXI que não tenha ficado bilionário. De Bokassa a Idi Amim Dada, de Gaddafi a Sadam Hussein, de Hitler a Stalin, de Papa Doc a Pol Pot, de Pinochet a Kim Jong II, de Robert Mugabe a Bashar al-assad. E a lista vai longe!
Agora me apontem um só general da ditadura brasileira que tenha ficado rico. Vou clarear:
- Quando o Marechal Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
- O General Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.
- O General Emílio Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu não tinha dinheiro para pagar o tratamento e precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.
- O General Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.
- O General João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.
Isso numa época em que eles tinham o poder total e não havia sites divulgando suas gastanças. Foi a época de Itaipu, Ponte Rio-Niterói e do "Milagre Brasileiro" .
Você deve achar que sou louco, defendendo a ditadura militar. Nem uma coisa nem outra. Nem sou louco, nem defendo ditadura alguma. Tenho tanto horror às ditadutas quanto à demagogia. Mas também tenho horror à mentira histórica, que acabará por prevalecer quanto tiverem desaparecido todos os que testemunharam este período da história brasileira.
Como disse Carlos Chagas, o conceituado jornalista: "Erros e excessos foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Mas mesmo assim, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização das nossas estruturas materiais".
Antes do Regime Militar, o Brasil era apenas uma republiqueta exportadora de matéria prima, com uma agricultura incipiente, uma indústria ridícula, sem tecnologia, sem mão-de-obra especializada e principalmente, sem perpectivas. Para se manter no poder, João Goulart, o Presidente há época flertou com o comunismo. A caserna assumiu o poder e o devolveu, e graças a isto não somos hoje uma Cuba, ou uma Coréia do Norte.
O paradoxal, e hilário, se não fosse trágico, é que o perigo que enfrentamos agora é ainda maior que a instalação do regime comunista no país. Desta vez vivemos uma "ditadura branca" apoiada pela Lei! Não há nada combinado, não há bandeiras, não há golpe. Mas há um acordo tácito entre todos os fascínoras que se escondem atrás das togas ou de cargos legislativos, fazendo com que todos se protejam mutuamente por trás de leis, medidas provisórias, promessas de campanha, liminares, estatutos, decretos, etc. de tal forma que o país não consegue avançar em suas instituições mais básicas, como a saúde e a educação.
Esta é, em minha opinião, o perigo real e imediato, que exército algum consegue extirpar, porque tudo acontece sob a égide da Lei. É tudo descaradamente imoral e aético, mas é legal!
Resta o poder do voto. Mas teríamos que ser suecos para votar com a consciência que a emergência atual do Brasil exige. Mas não somos. Somos apenas um povo que o poder - exercido agora pela "geração 60" - mantém cuidadosamente ignorante. A demagogia e a corrupção precisam desesperadamente da ignorância popular para sobreviver.
Convenhamos, pelo menos nesse aspecto, a "geração 60" - com seus heróis revolucionários, artistas "esclarecidos" e arautos da intelectualidade - está fazendo um trabalho primoroso!
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*Nome de um livro de José Sarney
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 09/02/2012
Reeditado em 10/02/2012
Código do texto: T3488937